Há uns cinco meses eu não sabia nada sobre Lost. Aliás: sabia que é uma série de enorme sucesso mundial. Até que me emprestaram as duas primeiras temporadas e, como muita gente que assiste a algum episódio, fiquei viciada. Todo o tempo que permanecia em casa era para ver Lost. Havia, claro, a comodidade de ter todos os CDs à minha disposição e, portanto, não precisar aguardar uma semana – ou meses, no caso de final de temporada – para acompanhar o desenrolar de alguma cena. Depois de assistir aos 14 DVDs das duas caixas, fatalmente caí na angústia de esperar o início da terceira temporada e, hoje, assisto aos episódios poucos dias depois de terem sido exibidos nos Estados Unidos, graças ao sensacional esquema que me permite baixar arquivos de vídeo e legendas em (nem sempre bom) português, para matar minha curiosidade (o que nem sempre é possível também).
sábado, 31 de março de 2007
Lost (my patience)
segunda-feira, 26 de março de 2007
Caos desnecessário
Algumas coisas são óbvias demais para passarem batidas. Em várias cidades do país onde Chico Buarque já apresentou o show “Carioca”, as vendas de ingressos foram tumultuadas. Posso contar, com propriedade, a confusão que foi
A minha epopéia de quatro horas foi até pequena, considerando que muita gente passa 14 ou mais antes de garantir o lugar numa noite de show. Mas, convenhamos, quatro horas para comprar ingresso, e vendo o começo da fila engordar, sem que o resto da fila ande, isso é... foda. Na última segunda-feira, dia 19, o público do Recife conheceu essa sensação. O que agrava a indignação de quem vivencia isso é a evidência de descaso por parte das produções, que com duas medidas simples poderiam evitar confusões desse tipo – bastava querer:
1. Contratar seguranças para, desde o começo do dia (começo mesmo, lá para as 5h), organizar as filas e impedir os furos;
2. Estipular um número (razoável) máximo de ingressos por comprador, como cinco ou seis.
terça-feira, 13 de março de 2007
Tem alguma coisa errada...
Devo dizer que ainda não percebi nenhuma discrepância gritante na diferença do custo de vida entre BH e Recife. Mas será que, na comparação com São Paulo, também não há variação? Será que se o frentista paulistano recebesse R$ 468 ele conseguiria viver em São Paulo nas mesmas condições em que vive o frentista recifense no Recife?
Outra observação: todos reclamamos do governo federal, por um motivo ou por outro. Consideramos péssima a qualidade de vários serviços que o Estado deve nos prestar, sobretudo nas áreas de saúde, educação e segurança, enquanto nós não podemos deixar de pagar nenhum imposto e blá blá blá, velho discurso batido. Em contrapartida, muita gente sonha em trabalhar exatamente nessa instituição tão injusta e fracassada. Cursinhos com aulas específicas para concursos proliferam, a concorrência é cada vez maior e cresce também o número de pessoas que dedicam meses ao estudo a fim de passar num concurso público e ter garantido o (muitas vezes ótimo) salário e a aposentadoria. Mas não soa incoerente?
quarta-feira, 7 de março de 2007
Ah, o ócio (e a teoria bbb)
O fato é que notei algo: embora não tenha acompanhado todas as edições (na verdade, acho que só a primeira e, agora, esta), percebo que o desenrolar do programa não varia tanto assim, e o vencedor fica definido semanas antes do encerramento. Se houvesse bolsas de apostas para o resultado final do BBB, muita gente dividiria o prêmio principal. Quanto às eliminações semanais, não sei, são mais ou menos previsíveis de acordo com os componentes de cada “paredão”.
O que quero mesmo atestar neste post é a burrice dos participantes. Nunca entrei ali, não sei o que se passa na cabeça de quem lá está e, talvez, eu me comportasse como eles se estivesse na mesma situação. Mas fico indignada com a evidência de algumas coisas das quais eles parecem não se dar conta. Coisas do tipo:
- A pessoa ou o grupo mais excluído, ridicularizado ou subestimado pelos outros vai ganhar mais a simpatia do público, que vai sentir pena ou se identificar;
- Quanto mais isolado e depressivo ficar um participante cujos amigos foram eliminados, mais solidário será o público com ele;
- Quanto mais um participante for indicado para sair e, na votação do público, ficar, mais forte ele se tornará;
E por aí vai. A questão é: o comportamento se repete, e os vencedores sempre serão aqueles transformados em vítimas – e posteriormente em campeões – pelos demais integrantes cegos o suficiente para não vislumbrar esse processo.