quarta-feira, 29 de agosto de 2007

A passagem do som

De todas as artes, a música sempre me emocionou mais. Meu humor é diretamente influenciado pelo que escuto. Quando quero me alegrar, basta ouvir uma canção de que eu goste e pronto, resolvido. Da mesma forma, se ouço algo que me desagrada, o efeito é o contrário: fico irritada.

No meu primeiro show como assistente de produção, ficou mais evidente para mim meu amor à música. Cheguei cedo com o roadie, e levamos os instrumentos. Ele foi montando a bateria e ajeitando tudo para quando a banda chegasse. Depois vieram técnicos de som, de iluminação, e eu fui observando o palco tomar vida.

Microfones ligados, luzes no ponto, hora de passar os instrumentos. Cada músico toca um pouco, afina daqui, aumenta o som dali... Quando me dei conta, os acordes e batidas aleatórios haviam se unido na mesma música, formando uma levada uniforme. Naquele momento, algo aconteceu. O instante dessa percepção foi para mim o mais precioso do dia, mais até que o próprio show – excelente, por sinal.

Lembrei-me de horas antes, quando o palco ainda era apenas fios e caixas de som. Revi toda a montagem, pensando na sublime transformação que havia presenciado naquela tarde. Todo aquele quebra-cabeça de aparatos tecnológicos interligado com o mesmo objetivo: amplificar o alcance da música.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu já fui roadie, assistente de palco, assistente de produção e músico na minha própria banda.
Rs...

Anônimo disse...

Caos de Camarim é uma das melhores trilhas de Passagem De Som...